Homem morre após transplante de rim contaminado com vírus da raiva
Caso raro reacende alerta global sobre segurança em doações de órgãos

Um homem nos Estados Unidos morreu após receber um rim infectado pelo Vírus da raiva em um transplante — o que gerou um alerta internacional para os protocolos de triagem de doadores.
O receptor, cuja identidade não foi divulgada, recebeu o rim em dezembro de 2024. O doador, natural de Idaho, havia sido arranhado por um guaxinim semanas antes da sua morte. Na época da doação, ele não apresentava sintomas da doença, por isso os exames iniciais não detectaram risco.
Cerca de 51 dias após a cirurgia, o paciente começou a apresentar sintomas neurológicos graves — tremores, confusão mental, dificuldade para engolir, e o clássico sintoma de hidrofobia, típico da raiva.
Exames laboratoriais realizados após a morte identificaram o RNA do vírus da raiva no rim transplantado, confirmando a transmissão da infecção por via do órgão.
Esse é o quarto caso registrado nos Estados Unidos desde 1978 de transmissão da raiva por transplante de órgão — um evento extremamente raro. As autoridades de saúde ressaltam que, devido à raridade da doença em humanos e à complexidade dos testes, os exames de rotina para doadores frequentemente não incluem a detecção da raiva.
Especialistas alertam que episódios como esse ressaltam a importância de questionários adequados sobre histórico de contato com animais silvestres e, quando houver suspeita, considerações adicionais para exames ou descarte do órgão — mesmo que o doador aparente estar saudável.
Da redação Mídia News





