A divisa dos Estados Unidos está próxima do valor mais alto registrado durante o governo de Lula, atingindo 5,46 reais no primeiro dia útil de seu novo mandato. Na segunda-feira, 17, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até fez uma tentativa de persuadir o mercado de que existe a possibilidade de um compromisso do governo com o ajuste fiscal, no entanto, não foi suficiente.
O setor financeiro claramente indicou através do aumento do dólar e dos juros futuros que é o momento de implementar medidas práticas para frear o crescimento dos gastos. Haddad retomou a questão dos gastos fiscais com benefícios e tentou redirecionar a atenção para a diminuição de 0,64 ponto percentual da carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) comparado ao ano de 2022.
A moeda dos Estados Unidos fechou o dia com um aumento de 0,85%, sendo avaliada em 5,42 reais. Como resultado, o real teve o pior resultado em uma comparação com 23 moedas de países emergentes. O desempenho do real foi inferior até mesmo ao do peso mexicano, que tem sido objeto de intensa desconfiança por parte dos investidores internacionais após a promessa da presidente eleita Claudia Sheinbaum de fazer alterações constitucionais. O valor do dólar subiu 0,42% em relação ao peso mexicano no mesmo dia.
Os futuros de juros locais mostraram um aumento de aproximadamente 10 pontos base nos vencimentos médios, refletindo uma Selic constante ao final da reunião do Comitê de Política Monetária na quarta-feira, 19. O pessimismo dos investidores até antecipa um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros até o final do ano.
O principal índice acionário do Brasil, o Ibovespa, finalizou a sessão com uma queda de 0,44%, atingindo 119,1 mil pontos. As maiores quedas foram registradas pela Rede D’Or (-5,16%), Braskem (-5,11%) e Locaweb (-4,29%). Por outro lado, as três maiores altas do dia foram Itaú (+2,44%), B3 S.A. (+1,83%) e Santander (+1,44%).