Pesquisador confirma autenticidade das atas divulgadas pela oposição que confirmam derrota de Maduro
As atas analisadas, que representam 81,7% do total de 24.532 mesas de votação, mostraram que o candidato de oposição, Edmundo González, recebeu 7,1 milhões de votos, enquanto o ditador Nicolás Maduro obteve apenas 3,2 milhões, de um total de 10,6 milhões de votos.
Por: Pablo Carvalho
Um estudo conduzido por Walter Mebane, especialista em detecção de fraudes eleitorais da Universidade de Michigan, validou as atas de votação divulgadas pela oposição venezuelana, apontando evidências de fraude nas eleições presidenciais. Mebane utilizou ferramentas estatísticas de perícia eleitoral para analisar os dados e não encontrou indícios de fraude nas atas da oposição.
As atas analisadas, que representam 81,7% do total de 24.532 mesas de votação, mostraram que o candidato de oposição, Edmundo González, recebeu 7,1 milhões de votos, enquanto o ditador Nicolás Maduro obteve apenas 3,2 milhões, de um total de 10,6 milhões de votos.
Contrariando essas evidências, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime de Maduro, declarou sua vitória sem apresentar as atas eleitorais. Apenas dias depois, o CNE afirmou ter entregue as atas ao Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela. No entanto, o estudo de Mebane confirma a autenticidade das atas publicadas pela oposição, sugerindo que Maduro fraudou as eleições.
A análise comparou os resultados das eleições de 2024 com outras realizadas no país entre 2000 e 2013. A conclusão é que, conforme as atas da oposição, as eleições de 2024 são as menos propensas a fraudes em comparação com as anteriores. Essa descoberta reforça a suspeita de que o regime de Maduro manipulou os resultados eleitorais para se manter no poder.
Apesar da pressão internacional, o CNE ainda não divulgou oficialmente as atas que reconhecem a vitória de Maduro, aumentando as suspeitas de irregularidades no processo eleitoral venezuelano.