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Deutsche Bank compara governo Lula 3 ao de Dilma em relatório econômico crítico

Banco alemão prevê baixo crescimento, inflação elevada e Selic em alta

O Deutsche Bank publicou um relatório intitulado “Dilma II, Reloaded” que faz uma crítica contundente às perspectivas econômicas do Brasil sob o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O documento, parte do Emerging Markets Outlook 2025, avalia que o governo atual enfrenta desafios semelhantes aos observados no segundo mandato de Dilma Rousseff, incluindo baixo crescimento, inflação elevada e fragilidade fiscal.

Principais projeções

De acordo com o relatório, o Brasil deve apresentar:

  • Crescimento econômico abaixo de 2% em 2025.
  • Inflação próxima de 5%, acima da meta estabelecida.
  • Dívida pública alcançando 90% do PIB até 2027.
  • Taxa Selic chegando a 14,5%, para conter a inflação e estabilizar expectativas.

Críticas à política fiscal

O Deutsche Bank apontou que a estratégia do governo de expandir transferências para a classe média e programas sociais compromete a sustentabilidade fiscal.

“A estratégia do governo de expandir as transferências para a classe média gera riscos fiscais, maior inflação e moeda mais fraca”, destaca o documento.

O relatório também criticou o recente pacote fiscal anunciado pelo governo, descrevendo-o como uma escolha de políticas que priorizam a popularidade em detrimento da saúde fiscal.

Comparação com o governo Dilma

O banco comparou a atual política econômica com o período Dilma, lembrando que, entre 2013 e 2014, a taxa Selic subiu de 7,25% para 14,25% após o fracasso fiscal. Durante aquele período, os superávits primários de 2% do PIB deram lugar a déficits que alcançaram 3%, levando a economia brasileira a uma grave recessão em 2016.

“O governo Lula tem sido uma combinação de políticas baseadas na demanda para aumentar a popularidade, com expansão de programas sociais e estímulo ao crédito por meio do BNDES e outros bancos públicos”, afirmou o banco.

Projeções para o futuro político e econômico

O relatório também observou que 2024 será um ano crucial para a formação de coalizões políticas visando as eleições presidenciais de 2026, o que pode influenciar ainda mais o cenário econômico e de mercado.

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