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Bolsonaro acusa diretor da PF de “afrontar a democracia”

Declaração de Andrei Rodrigues sobre indiciamento de parlamentares gera polêmica

O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou duramente o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, acusando-o de “desrespeitar” o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e de “afrontar a democracia”.

Bolsonaro reagiu a declarações recentes de Rodrigues, que em entrevista afirmou que o descontentamento do Congresso em relação ao indiciamento de parlamentares “não pode ter efeito na atuação da corporação”.

“Não há nada que afaste a PF de seu eixo de atuação. Nossa garantia não é a opinião de quem quer seja, é a lei,” disse Rodrigues, em referência às críticas do Legislativo.


Críticas de Bolsonaro

Bolsonaro classificou Rodrigues como um “subordinado do Executivo” e acusou o diretor-geral da PF de “intrometer-se em questões internas do Legislativo”, desrespeitando a liberdade de expressão dos parlamentares.

“Era só o que faltava,” escreveu Bolsonaro no Twitter/X. “O diretor-geral da PF agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao presidente da Câmara dos Deputados o que é imunidade parlamentar, o que é liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não falar na tribuna.”

Lira e os indiciamentos

A polêmica ganhou força após a PF indiciar os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) por calúnia e difamação. Os indiciamentos ocorreram devido a críticas feitas pelos parlamentares no plenário sobre a atuação do delegado da PF, Fábio Shor.

Na semana anterior, Arthur Lira havia criticado publicamente os indiciamentos, defendendo as prerrogativas parlamentares e ressaltando que as falas feitas na tribuna são protegidas pela imunidade constitucional.


Bolsonaro pede ação do Legislativo

Bolsonaro convocou os parlamentares a reafirmarem a independência do Legislativo diante das ações da Polícia Federal.

“Todos os parlamentares precisam reafirmar a independência do Legislativo e exigir o respeito inegociável às prerrogativas constitucionais. Se essa postura não for corrigida com a força e a legitimidade do Parlamento, em breve a situação poderá se tornar incontornável,” alertou o ex-presidente.

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