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Área técnica do TCU aponta irregularidades e ao menos 30 funcionários fantasmas na Embratur

Denúncia aponta ao menos 30 funcionários fantasmas na agência presidida por Marcelo Freixo

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de “uma série de irregularidades” na Embratur, agência de promoção do turismo presidida pelo ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT). A análise foi feita após uma denúncia anônima que acusou a contratação de pelo menos 30 funcionários fantasmas nos últimos seis meses. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Relatório Técnico Aponta Irregularidades

Segundo o relatório da Unidade de Auditoria Especializada em Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento, vinculada à Secretaria-Geral de Controle Externo, as práticas identificadas violam os princípios básicos da administração pública, como:

  • Legalidade
  • Impessoalidade
  • Moralidade
  • Eficiência

O relatório afirma:

“Do relatado, é possível identificar uma série de irregularidades que, em tese, afrontam princípios básicos da administração pública.”

A denúncia destaca que os colaboradores apontados como fantasmas:

  • Não agregam valor à promoção internacional do turismo brasileiro.
  • Não falam idiomas estrangeiros.
  • Nunca foram apresentados oficialmente à instituição.
  • Foram nomeados por mera indicação política.

Exigência de Explicações da Embratur

A área técnica do TCU recomendou que a Embratur apresente à Corte de Contas:

  1. Os processos de contratação dos funcionários mencionados.
  2. Informações sobre a lotação desses colaboradores.
  3. O conjunto de normas que rege a contratação e execução dos serviços.

O relator do processo é o ministro Jhonatan de Jesus, ex-deputado federal por Roraima e próximo ao ministro Celso Sabino (União Brasil), do Ministério do Turismo, pasta à qual a Embratur é vinculada. Até o momento, o ministro não tomou providências sobre o caso.

Denúncia Também no Ministério Público Federal

Além do TCU, a denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), que já instaurou um procedimento preliminar para analisar as informações.

Detalhes da Denúncia

A denúncia revela que os funcionários fantasmas recebem salários de até R$ 38 mil, mas nunca compareceram à Embratur para prestar expediente presencial. A justificativa utilizada é uma portaria que autoriza o trabalho remoto na agência. A lista inclui ex-deputados federais que não se reelegeram em 2022 e foram acomodados no órgão.

Após as denúncias, pelo menos cinco funcionários foram exonerados.

Defesa de Marcelo Freixo

Em resposta às acusações, Marcelo Freixo negou a existência de qualquer acordo para abrigar funcionários fantasmas. Ele declarou:

“Estamos batendo recordes de turistas graças a muito esforço e trabalho. Quem não estiver trabalhando e dando resultado não fica.”

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