
Mesmo diante da necessidade de corte de gastos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende desembolsar até R$ 1,7 milhão para renovar o mobiliário e os eletrodomésticos utilizados no Palácio da Alvorada e no Palácio do Planalto.
Os detalhes da compra constam em dois editais de licitação publicados nesta segunda-feira (17). Segundo os documentos, o governo pretende gastar R$ 1,4 milhão em cadeiras, mesas, fragmentadoras de papel, sofás e outros itens de escritório. Já a aquisição de fornos de micro-ondas, frigobares, refrigeradores, máquinas de lavar e até uma máquina de fabricar gelo está orçada em R$ 300 mil.
Lista de compras inclui móveis e eletrodomésticos de alto custo
No caso dos eletrodomésticos, o governo federal pretende adquirir:
- 43 fornos micro-ondas (orçados em R$ 806 cada);
- 18 frigobares (estimados em R$ 2,4 mil por unidade);
- 11 refrigeradores duplex (a um custo de R$ 3 mil cada);
- 10 balanças domésticas;
- 2 máquinas de secar roupa, que somam R$ 70 mil;
- 1 máquina de fabricar gelo, com custo de R$ 15,5 mil.
Já entre os móveis e equipamentos de escritório, o Planalto prevê a aquisição de:
- 200 cadeiras giratórias com braços;
- 90 cadeiras giratórias sem braços;
- 64 cadeiras tipo presidente;
- 35 fragmentadoras de papel;
- 5 mesas redondas de reunião;
- 38 polidoras de calçados;
- 9 sofás.
Justificativa do governo para os novos gastos
Na justificativa apresentada, a Presidência da República afirmou que a aquisição tem o objetivo de “modernizar e otimizar os espaços de trabalho”, garantindo mais funcionalidade, ergonomia e produtividade para os servidores.
“A aquisição dos bens permanentes com modelos modernos e ergonomicamente projetados contribuirá para a melhoria da saúde, do conforto e da eficiência no trabalho”, afirmou o governo federal no documento.
Gastos com cartão corporativo bateram recorde em 2024
Além da renovação do mobiliário e eletrodomésticos, os gastos sigilosos do cartão corporativo da Presidência também chamaram atenção em 2024. No ano passado, as despesas com os cartões da equipe presidencial atingiram R$ 25,9 milhões, o maior valor já registrado.
Se forem incluídas as despesas discriminadas em valores menores, as faturas de Lula, Janja e sua equipe chegaram a R$ 26,2 milhões no período.