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Governo Lula esconde gastos com viagens há mais de 40 dias, após despesas milionárias

Portal da Transparência está desatualizado desde fevereiro, apesar de R$ 80 milhões já consumidos em deslocamentos

O governo federal, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está há mais de 40 dias sem atualizar os dados públicos de gastos com viagens de seus integrantes. A última atualização do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU), é de 28 de fevereiro. Desde então, os números referentes ao mês de março permanecem ocultos — mesmo com despesas já ultrapassando os R$ 80 milhões nos dois primeiros meses de 2024.

Segundo apuração da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, os valores incluem R$ 41,4 milhões em diárias pagas a servidores e autoridades do Executivo e mais R$ 37,8 milhões em passagens aéreas, tornando os deslocamentos uma das maiores fontes de gasto do governo no início do ano.

CGU justifica atraso, mas pressão por transparência aumenta

Questionada sobre a omissão dos dados, a CGU afirmou que as informações são atualizadas mês a mês e que o prazo para inserir os números de março se estende até 30 de abril. No entanto, o atraso levanta preocupações sobre a falta de transparência em um dos pontos mais sensíveis do gasto público: as despesas com viagens oficiais.

Esses custos são bancados pelos cofres públicos e incluem, majoritariamente, diárias generosas, que funcionam como um “adicional de salário” para quem viaja a serviço. As passagens aéreas, por sua vez, acabam sendo um “brinde” adicional, coberto integralmente pelo Estado.

2023 já foi o ano mais caro da história — e 2024 segue no mesmo ritmo

Em 2023, o governo Lula já havia batido recordes históricos de gastos com viagens, consumindo R$ 2,3 bilhões com deslocamentos oficiais. Agora, em 2024, o ritmo continua acelerado, sinalizando que os custos com voos, hotéis e alimentação fora da base seguem sem qualquer sinal de contenção.

Mesmo com promessas de responsabilidade fiscal e corte de excessos, os números indicam prioridade para deslocamentos e agendas externas, muitas vezes de caráter político ou simbólico, e com retorno prático questionável para o contribuinte.

Faltam dados e sobram questionamentos

A ausência de dados atualizados alimenta críticas sobre a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos. Em tempos de inflação elevada, pressão sobre as contas públicas e corte em áreas sensíveis como saúde e educação, o alto volume de recursos destinados a viagens desperta indignação entre pagadores de impostos.

A cobrança agora é para que o governo atualize imediatamente o portal e explique os critérios por trás do uso recorrente de dinheiro público em deslocamentos de autoridades e auxiliares.

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