
Delegação brasileira quer apresentar relatório de inteligência nos EUA sobre facções criminosas e conexões internacionais
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) se reuniram nesta segunda-feira (5) com Ricardo Pita, representante do governo Donald Trump, para discutir o avanço das facções criminosas brasileiras, como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho (CV).
A reunião, realizada a partir de um relatório de inteligência elaborado pelo ex-governador Cláudio Castro (PL-RJ), teve como foco o impacto internacional da atuação das facções, inclusive nos Estados Unidos.
“Na qualidade de presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, solicitei, há alguns dias, uma reunião com alguma autoridade do governo norte-americano para tratar da pauta da segurança pública”, explicou Flávio Bolsonaro.
Missão brasileira deve ir a Washington
Ricardo Pita se comprometeu a intermediar uma reunião com a cúpula de segurança do governo dos EUA. A data ainda será definida. Segundo Flávio, o objetivo é apresentar em Washington os detalhes da expansão das facções criminosas brasileiras, como atuam no exterior, como lavam dinheiro e suas conexões com grupos como o Hezbollah.
“O relatório mostra a relação dessas facções com organizações como o Hezbollah. Queremos mostrar quem são esses criminosos brasileiros e como seus tentáculos chegaram aos EUA”, explicou.
Reunião não tratou de Alexandre de Moraes, diz Flávio
Flávio Bolsonaro negou que a reunião tenha discutido sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A visita do chefe do Departamento de Sanções do governo Trump, David Gamble, foi descrita como uma coincidência, embora tenha ocorrido no mesmo período.
“Não há compromissos marcados com Gamble para tratar de punições ao ministro. Essa relação com o Judiciário foi coincidência de agenda”, afirmou.
A iniciativa de Flávio Bolsonaro e Bilynskyj reforça a articulação internacional da oposição brasileira contra o crime organizado e busca apoio dos Estados Unidos para medidas conjuntas de segurança pública.