
Variante NB.1.8.1, apelidada de “nimbus”, é associada a dor intensa descrita como “garganta de lâmina de barbear”
Uma nova variante da COVID-19, denominada NB.1.8.1 e apelidada de “nimbus”, está se espalhando pelos Estados Unidos, provocando um sintoma incomum e extremo: uma dor de garganta tão intensa que tem sido chamada de “garganta de lâmina de barbear” por pacientes e profissionais de saúde.
A variante nimbus é descendente da Ômicron e está sob monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS). O médico Muhammad Azam, do Sharp Community Medical Group na Califórnia, relatou à ABC 10:
“Sua garganta fica tão seca, tão rachada, é tão dolorosa, às vezes é até difícil de beber”.
Sintomas e expansão geográfica
Detectada pela primeira vez em janeiro, a NB.1.8.1 já foi identificada em diversos locais ao redor do mundo, incluindo o Canadá e pelo menos 13 estados norte-americanos.
Além da dor de garganta extrema, a variante nimbus apresenta sintomas semelhantes a outras cepas da Ômicron, como:
- Tosse
- Febre
- Fadiga
- Dores musculares
- Congestão nasal
- Dor de cabeça
- Náuseas e vômitos
- Perda de olfato ou paladar
Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), esses são sintomas comuns de vírus respiratórios, inclusive da COVID-19 desde seu início. O especialista Amesh Adalja, da Johns Hopkins, reforça:
“Dor de garganta tem sido parte do espectro da COVID desde o início. É algo que sabemos que ocorre, assim como acontece com muitos outros vírus respiratórios.”
Dados atuais e preocupações sobre prevalência
Atualmente, a cepa dominante nos EUA é a LP.8.1, responsável por 38% dos casos, enquanto 37% dos casos já são atribuídos à variante nimbus, segundo o CDC. No entanto, o órgão alerta que, devido ao baixo número de sequenciamentos, os dados têm baixa precisão.
Avaliação da OMS e proteção vacinal
A OMS afirma que a nova variante não representa uma ameaça maior que outras cepas conhecidas. As vacinas atuais continuam eficazes para prevenir casos graves e hospitalizações causadas pela NB.1.8.1.
O especialista Peter Chin-Hong, da Universidade da Califórnia, San Francisco, reforça a frequência do sintoma:
“A dor de garganta é relatada por cerca de 70% dos pacientes agora com COVID. Não é incomum, e como tudo na medicina, há sempre um espectro.”
