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Bolsonaro diz que teve de cancelar almoço com embaixadores após decisão de Moraes

Bolsonaro diz que cancelou almoço com embaixadores por causa de proibição imposta por Moraes.

Ex-presidente relata encontro diplomático frustrado por medidas restritivas do STF e ironiza atuação do governo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18) que teve de cancelar um almoço com embaixadores estrangeiros devido às medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu tenho um convite aqui para alguns embaixadores, um almoço. Mas eu não vou mais” — declarou Bolsonaro, ao sair da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), em Brasília (DF).

A fala foi feita em rápida conversa com a imprensa, logo após Bolsonaro cumprir a determinação de uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente não deu detalhes sobre quais países estariam representados no encontro.

Referência à embaixada da Hungria e críticas ao governo

Durante a entrevista, Bolsonaro mencionou sua estadía na embaixada da Hungria, ocorrida em fevereiro de 2024, quando permaneceu no local por dois dias:

“Procura saber se a embaixada da Hungria tem alguma coisa de extradição ou não.”

O ex-presidente também ironizou a diplomacia oficial brasileira:

“Eu tenho mais contato com embaixadores do que o ministro das Nações Interiores” — disse, em referência ao Itamaraty.

Detalhes da operação e restrições do STF

Na mesma manhã, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), com mandados cumpridos em sua residência e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL). A ação decorre de inquérito conduzido no STF por Alexandre de Moraes.

As medidas restritivas impostas ao ex-presidente incluem:

  • Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
  • Recolhimento domiciliar entre 19h e 6h nos dias úteis;
  • Confinamento integral aos fins de semana, feriados e dias de folga;
  • Proibição de uso de redes sociais;
  • Proibição de manter contato com diplomatas e embaixadores;
  • Vedação de se aproximar a menos de 200 metros de sedes diplomáticas.

A PF acusa Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de atuarem junto a autoridades norte-americanas na tentativa de impor sanções contra agentes públicos brasileiros, segundo documento enviado ao STF.

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