Uma publicação nas redes sociais do empresário João Ricardo Costa, proprietário da Shambala Produtos Naturais, provocou uma onda de reações e discussões nesta semana. Costa celebrou a notícia de uma possível “tornozeleira eletrônica” para o ex-presidente Jair Bolsonaro, gerando um intenso debate sobre a polarização política e os limites da liberdade de expressão no país.
A postagem, que rapidamente se tornou viral, mostrava uma imagem acompanhada de um texto que expressava satisfação com a especulada medida judicial contra o ex-mandatário. A celebração de Costa ecoou entre apoiadores da linha política oposta a Bolsonaro, mas também gerou indignação e críticas por parte dos defensores do ex-presidente, que consideraram a manifestação desrespeitosa e de mau gosto.
A Shambala Produtos Naturais, conhecida por seus produtos orgânicos e saudáveis, viu-se subitamente no centro de uma controvérsia que transcende o universo empresarial e adentra o cenário político. Consumidores e internautas manifestaram-se a favor e contra a postura do empresário, alguns prometendo boicote à loja e outros elogiando a coragem de expressar sua opinião.
Especialistas em comunicação e direito digital apontam que, em um ambiente de alta polarização, qualquer manifestação pública de cunho político por parte de figuras ou empresas pode gerar fortes reações. “Empresas e seus proprietários estão cada vez mais expostos à fiscalização pública de suas opiniões. O que antes se restringia ao âmbito privado, hoje ganha proporções exponenciais nas redes sociais, impactando diretamente a imagem e até o negócio”, analisa a socióloga Ana Paula Guedes.
Até o momento, João Ricardo Costa não se manifestou publicamente além da postagem inicial, deixando a cargo das redes sociais o desdobramento da polêmica. O episódio serve como mais um lembrete da delicada linha entre a liberdade individual de expressão e o impacto que tais manifestações podem ter no ambiente público e comercial brasileiro, especialmente quando se trata de figuras políticas de grande repercussão.
Da redação Midia News
Flávio Fontoura
