O cenário político-diplomático entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo e controverso capítulo com a declaração do Senador americano Shane Jett (Republicano, Oklahoma), que rotulou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “covarde” por ter, supostamente, declinado um convite para um encontro presencial com o presidente Donald Trump, preferindo uma conversa telefônica.
A crítica de Jett foi veiculada em um vídeo na rede social X (antigo Twitter), onde ele expressa desapontamento com a suposta postura de Lula. Segundo o senador, a recusa demonstraria uma falta de interesse em diálogo por parte do presidente brasileiro, o que ele classificou como uma atitude aquém do que “o bom povo da República brasileira merece”.
O episódio ganha relevância no contexto de uma recente tentativa de reaproximação entre as nações, após o governo Trump ter imposto novas tarifas a produtos brasileiros em julho. A tensão se manifesta dias depois de o próprio Trump ter feito elogios a Lula em seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), sugerindo uma abertura para melhorias nas relações bilaterais.
A declaração de Jett, que também mencionou orar pelos “sofridos patriotas” brasileiros, acusando-os de estarem “sob uma ditadura judicial marxista”, ecoa e mobiliza a direita brasileira. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, prontamente republicou o vídeo, questionando publicamente o que o presidente Lula estaria “com medo”.
A preferência por um contato por telefone, em vez de um tête-à-tête, está sendo interpretada por setores da política americana e brasileira como um sinal de reticência ou desconforto por parte de Lula em lidar diretamente com o atual ocupante da Casa Branca, em um momento crucial para o reequilíbrio da balança comercial e diplomática entre os dois países.
Da redação Midia News
