A gasolina comercializada no Brasil está, em média, 8% acima do preço praticado no mercado internacional, segundo um novo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A disparidade, que acende um sinal de alerta para consumidores e para a economia, reflete a complexa dinâmica da política de preços e as variáveis que incidem sobre o valor final cobrado nas bombas.
O estudo da Abicom, que acompanha diariamente a cotação do combustível, aponta para um descompasso significativo. Enquanto a paridade de importação é frequentemente citada como um balizador, fatores como impostos federais e estaduais, custos de distribuição e refino, além da taxa de câmbio, contribuem para que o preço doméstico se mantenha em patamares elevados.
A manutenção de preços descolados do mercado global gera incertezas para as empresas do setor e, principalmente, onera o bolso do brasileiro. A alta constante do combustível tem um efeito cascata em toda a cadeia produtiva, impactando o custo do frete e, consequentemente, o preço de diversos produtos e serviços.
A associação reforça a necessidade de um debate transparente sobre a formação dos preços, visando a retomada da paridade para garantir um ambiente de negócios mais equilibrado e preços mais justos para o consumidor final.
Da redação Midia News
