
O embate político sobre a segurança pública no Rio de Janeiro ganhou um novo e acalorado capítulo. O governador do estado, Cláudio Castro (PL), elevou o tom da discussão ao classificar o ministro Guilherme Boulos (Secretaria Geral) como “paspalhão”, em resposta às críticas do ministro sobre a recente megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha.
Boulos havia afirmado que o governador “prefere fazer demagogia com sangue”, referindo-se à ação que resultou em dezenas de mortes e gerou intensa polêmica e questionamentos de organizações de direitos humanos e da sociedade civil.
A declaração de Castro foi dada durante um evento em São Paulo, onde ele defendeu a operação, a qual chamou de “o início de um movimento” contra o crime organizado, defendendo a necessidade de ações firmes contra a criminalidade.
A troca de farpas evidencia a profunda polarização em torno da política de segurança do estado, que tem sido marcada por operações de grande escala e alto número de vítimas. Enquanto Castro e seus aliados defendem as ações como necessárias para o enfrentamento a facções criminosas, como o Comando Vermelho, os críticos as classificam como “chacinas” e apontam para a letalidade policial e o impacto nas comunidades carentes.
A tensão entre o governo estadual e o federal — que tem Boulos como um de seus quadros — promete manter o tema da segurança do Rio em destaque, com as falas e reações se multiplicando nas redes sociais e nos palcos políticos.
Da redação Midia News





