A atriz Claudia Raia considera as críticas à Lei Rouanet como “analfabetismo funcional” de “pessoas que não sabem do que estão falando”. As declarações dela foram dadas em uma entrevista divulgada no sábado, dia 20, pelo jornal Folha de S.Paulo.
A artista enfatizou que não se trata de utilizar dinheiro público, mas sim de conceder isenções fiscais aos patrocinadores. No entanto, isso implicaria em uma diminuição da arrecadação para o tesouro público.
Em 2023, o governo federal permitiu a captação de R$ 16,5 bilhões, a maior quantidade de recursos permitida pela Lei Rouanet em duas décadas. Este montante é quatro vezes maior do que o aprovado em 2022.
No ano de 2023, o Brasil registrou um déficit fiscal de R$ 234,3 bilhões, uma reversão significativa do superávit de R$ 59,7 bilhões alcançado em 2022. Houve uma diminuição real de 2,9% na receita total, resultando em uma perda de R$ 72,3 bilhões.
O Caso dos R$ 5 Milhões da Lei Rouanet Envolvendo Claudia Raia
A artista se envolveu em uma controvérsia em 2023 ao receber permissão para arrecadar R$ 5 milhões através da Lei Rouanet para duas produções teatrais em que estava presente. No mesmo período, Claudia Raia permitiu que revistas de arquitetura e tabloides tivessem acesso à sua luxuosa residência situada no interior de São Paulo.
De acordo com a revista Casa e Jardim, somente as poltronas da residência da atriz seriam avaliadas em R$ 165 mil.
Atriz admitiu Apoio Eleitoral a Lula
Em conversa com a Folha, Claudia Raia confessou que em 2022 deu seu voto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela explicou que sua escolha foi baseada em seu “humanismo”.
De acordo com ela, “não tinha nem o que pensar” quando se tratava de escolher entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Eu nunca fui PT, eu sou apartidária, sou uma humanista, é pelo social”, declarou a atriz. “Mas, se você me perguntar em quem eu votei, entre Bolsonaro e Lula, eu votei no Lula, porque não tinha como, não tinha nem o que pensar.”
Bolsonaro sempre expressou sua crítica à Lei Rouanet. Sua reação ao aumento das autorizações em 2023 foi de que isso representa “um descaso com os pagadores de impostos, principalmente os mais pobres“.
As informações são da Revista Oeste