O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou sua plataforma de Twitter/X para comunicar que, no domingo vindouro, dia 28, às 19h, realizará uma transmissão ao vivo para discutir o caso Marielle Franco.
“O caso Marielle se aproxima do seu final, com a delação de Ronnie Lessa [ainda não homologada]”, escreveu Bolsonaro. “Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda.”
Bolsonaro também recordou que o Jornal Nacional, em 29 de outubro de 2019, exibiu uma matéria que vinculava seu nome a um delito.
Naquele período, foi reportado pelo telejornal que o porteiro do condomínio onde Bolsonaro possui uma residência no Rio de Janeiro tinha dado um depoimento à Polícia Federal.
Durante o incidente, o empregado informou aos agentes da lei que, em 14 de março de 2018, no dia em que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados, Élcio Queiroz, um dos suspeitos do crime, entrou no condomínio. Naquele instante, ele afirmou que estava indo para a casa 58, que era de propriedade do ex-presidente, que naquele tempo era deputado federal.
No dia seguinte ao surgimento da notícia, Bolsonaro, em visita à Arábia Saudita, realizou uma transmissão ao vivo. No conteúdo do vídeo, o antigo chefe de estado se justificou, afirmando que no momento em que o porteiro ligou para sua residência, Bolsonaro se encontrava em Brasília.
“Fui surpreendido, agora há pouco, por causa de uma matéria do Jornal Nacional sobre o depoimento de um porteiro”, disse o ex-presidente, na live. “Ele disse que no dia 14 de março de 2018, às 17h10, um dos suspeitos pela morte de Marielle havia se apresentado na portaria e pedido para ligar para a minha casa. O porteiro reconheceu a minha voz e autorizou a entrada do mesmo no condomínio. Tenho registrado no painel eletrônico da Câmara dos Deputados presença às 17h41, ou seja, 30 minutos depois da entrada desse elemento.”
Domingos Brazão é apontado como mandante do assassinato de Marielle por acusado do crime
Na segunda-feira passada, dia 22, Ronnie Lessa, ex-policial e suposto assassino de Marielle e Anderson Gomes, firmou um acordo de colaboração premiada. No trato com os oficiais, ele apontou Domingos Brazão, ex-parlamentar estadual do Rio de Janeiro, como o autor intelectual do homicídio.
As informações são da Revista Oeste