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Luz desligada e uso de ferramentas indicam que fugitivos de Mossoró tiveram ajuda interna, diz PF

Investigação da Polícia Federal sugere facilitação de fuga em penitenciária de Mossoró

A Polícia Federal, após investigação, indica que as condições da fuga dos dois presos na prisão federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, “sugerem fortemente” a chance de ter ocorrido crimes de facilitação de fuga e dano qualificado.

De acordo com um documento ao qual a Folha conseguiu acesso, a polícia menciona pelo menos quatro indícios que suportam a teoria. O primeiro diz respeito às hastes de metal utilizadas para remover a luminária da parede da cela. Foi a partir deste ponto que os dois indivíduos chegaram ao local de manutenção da prisão, onde se encontram máquinas, tubulações e toda a fiação, um local conhecido como “shaft”.

Objetos de metal, possivelmente usados como ferramentas para remover as luminárias existentes nas celas, foram encontrados nas celas dos detentos e na laje do telhado acima das celas. É provável que pelo menos um desses metais seja compatível com os vergalhões utilizados na reforma em andamento, o que sugere que o instrumento foi, de fato, introduzido na cela. O laudo da polícia sobre essa questão ainda é aguardado.

Os fugitivos usaram um duto de manutenção para subir uma escada e atingir o telhado da penitenciária. Eles removeram a telha e desceram pela parte externa do edifício, finalmente chegando a um tapume que marcava uma construção em andamento, localizada próxima à cerca.

Um outro sinal é que foi precisamente neste painel que os dois detentos acharam ferramentas de corte utilizadas para cortar a cerca do perímetro interno. Logo depois, eles também cortaram a cerca do perímetro externo e escaparam.

Na perspectiva da investigação, outro sinal é que os fugitivos conseguiram se dirigir a um tapume em meio à escuridão. O poste, que deveria iluminar toda a área, estava desligado pelo disjuntor.

Neste momento, existe uma quarta pista. Mesmo na escuridão, os fugitivos conseguiram localizar pelo menos um alicate. É provável, segundo a polícia, que esta ferramenta tenha sido propositalmente deixada no local para cortar as cercas.

A investigação indica que as fotos da atividade dos fugitivos removendo a luminária também insinuam que possivelmente foi um trabalho prolongado e sincronizado, presumivelmente perceptível através de uma simples inspeção na cela.

As informações são da Folha de S. Paulo

 

 

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