A companhia de entrega iFood refutou a afirmação do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT; foto), de que a empresa não teria interesse em discutir a regulamentação do setor.
Marinho declarou em um evento na segunda-feira, 4 de março, que o iFood opera um “modelo de negócio altamente explorador”.
A nota divulgada à imprensa pelo iFood afirma que “Não é verdadeira a fala do Ministro Luiz Marinho de que a empresa não quer negociar uma proposta digna para entregadores”.
A companhia declara que “participou ativamente do Grupo de Trabalho Tripartite (GT) e negociou um desenho regulatório para os entregadores até o seu encerramento”.
O iFood comunicou que aceitou a proposta governamental para a regulamentação do setor, com lucros de R$17 por hora de trabalho.
Mas, “depois disso, o governo priorizou a discussão com os motoristas, que encontrava menos divergência na bancada dos trabalhadores”.
Leia a nota do iFood na íntegra:
Diante das afirmações feitas na cerimônia realizada no Palácio do Planalto, nessa segunda-feira, 04 de março, o iFood esclarece que não é verdadeira a fala do Ministro Luiz Marinho de que a empresa não quer negociar uma proposta digna para entregadores.
O iFood participou ativamente do Grupo de Trabalho Tripartite (GT) e negociou um desenho regulatório para os entregadores até o seu encerramento. A última proposta feita pelo próprio Ministro Marinho, com ganhos de R$17 por hora trabalhada, foi integralmente aceita pelo iFood.
Depois disso, o governo priorizou a discussão com os motoristas, que encontrava menos divergência na bancada dos trabalhadores.
A empresa reforça que apoia desde 2021 a regulação do trabalho intermediado por plataformas e busca uma regulamentação para delivery que atenda as particularidades e necessidades diferentes dos motoristas, visando proteger os entregadores e preservar a sustentabilidade de seu ecossistema, que gera 873 mil postos de trabalho e atende 40 milhões de consumidores.
“Vamos encher tanto o saco que o iFood vai ter que negociar”, afirmou Lula.
Lula
Marinho provoca iFood
Durante a apresentação do projeto de lei, Luiz Marinho (PT), o ministro do Trabalho, provocou a empresa de delivery iFood.
Marinho afirmou, ao comentar o fato de o iFood não estar incluído no projeto de lei, que “não adianta o iFood mandar recado”, referindo-se aos apelos da empresa para negociar a lei.
“E manda recado ‘nós queremos conversar’. Nós conversamos por um ano inteiro”, acrescentou.
Então, Marinho acusou a empresa de adotar um “modelo de negócio altamente explorador” e exigiu “um padrão remuneratório que ofereça condição de cidadania” para concordar com a retomada das negociações.