Nesta segunda-feira, 25, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Senado, afirmou que a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro à Embaixada da Hungria, realizada em fevereiro deste ano, “precisa ser apurada”.
Após ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federal (PF) durante uma investigação sobre uma suposta organização que teria tramado um golpe de Estado após as eleições de 2022, o ex-presidente visitou o local.
“As circunstâncias devem ser apuradas”, comentou Pacheco. “E cabe ao próprio ex-presidente poder dar as explicações devidas. Cabe a ele, cabe eventualmente a autoridades. Não vou comentar sobre algo que eu não tenho elementos suficientes. Isso precisa ser apurado, não podemos fazer ilação em relação às circunstâncias pelas quais houve esse envolvimento do ex-presidente.”
O The New York Times, um jornal dos Estados Unidos, divulgou que o antigo presidente se hospedou por um período de dois dias na embaixada. Segundo o NYT, a permanência na embaixada indica que Bolsonaro poderia estar buscando usar sua relação com o primeiro-ministro Viktor Orban como uma provável estratégia para evitar a Justiça, enquanto é alvo de investigações criminais. Em uma embaixada, ele estaria a salvo de uma prisão.
A defesa do ex-presidente confirmou, em nota, que ele esteve no local por dois dias, porém, a visita foi “para manter contatos com autoridades do país amigo”.
“Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires”, diz a defesa. “Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações.”
As informações são da Revista Oeste
