O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu encerrar o inquérito que investigava possíveis propinas pagas a membros do MDB no contexto da Operação Lava Jato. A medida, que beneficia políticos influentes como o governador do Pará, Helder Barbalho, e os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, foi tomada após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação havia sido iniciada em 2018 com base em delações de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e Ricardo Saud, ex-diretor da J&F, que afirmaram que senadores do MDB receberam cerca de R$ 40 milhões em propinas nas eleições de 2014. Porém, segundo a PGR, após anos de investigações, não foram encontradas provas suficientes para comprovar as acusações.
Fachin justificou a decisão afirmando que, diante da ausência de indícios claros de crimes, não havia como manter a investigação. “Acolho a promoção de arquivamento formulada pelo Ministério Público Federal”, declarou o ministro.
A defesa de Valdir Raupp, um dos ex-senadores investigados, comemorou o desfecho. O advogado Thiago Turbay afirmou que o arquivamento demonstra a recuperação institucional do Brasil após os danos causados pela Lava Jato.
O ministro Fachin também concedeu à PGR um prazo de cinco dias para decidir se continuará a apuração envolvendo o atual ministro dos Transportes, Renan Filho, e seu ex-marqueteiro, Carlos Adriano Gehres.
Com informação do Pleno News.
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