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Barroso critica falta de diversidade no judiciário: ‘parece que há cota única para brancos’

O presidente da suprema corte afirmou que a justiça brasileira precisa incorporar a ‘diversidade’

Nesta segunda-feira, 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) conduziu a cerimônia de início do ano do Judiciário. A ocasião atraiu várias autoridades republicanas. Luís Roberto Barroso, o presidente do STF, fez uma revisão das ações jurídicas de 2024 e salientou progressos.

Ele mencionou a redução do número de processos em andamento no tribunal entre seus feitos. Além disso, destacou iniciativas destinadas à diversidade. Falou sobre políticas para aumentar a representação feminina em comitês e um programa de bolsas para a educação e entrada de juízes negros no sistema judicial.

Barroso enfatizou a importância de o Judiciário espelhar de maneira mais precisa a composição da sociedade brasileira. Ele observou que, em suas visitas aos tribunais do país, notou a predominância de juízes brancos. Ele defendeu a inclusão da diversidade de maneira qualificada.

“Nós esperamos fazer com que o Judiciário tenha uma demografia mais parecida com a sociedade brasileira”, disse Barroso. “Eu viajo pelo Brasil inteiro e visito os tribunais, converso com os juízes, converso com a direção dos tribunais, e o judiciário no Brasil é quase que integralmente branco. Parece que há uma cota única para brancos. E, portanto, nós precisamos incorporar, com qualidade, a diversidade brasileira também no Poder Judiciário.”

Presidente do STF falou também sobre o orçamento do Judiciário

A questão do orçamento da Justiça também foi discutida. Barroso esclareceu que o valor necessário para manter o sistema é de aproximadamente R$ 132,8 bilhões, o que representa 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele ressaltou que esse montante engloba o “Ministério Público” e a Defensoria Pública.

“Em 2009, o Poder Judiciário da União representava 4,83% do Orçamento fiscal. Em 2025, ele será de 2,93%”, disse o ministro.

As informações são da Revista Oeste

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