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Funcionários denunciam má gestão e assédio moral na gestão de Dilma no banco do Brics

Relatos apontam atraso em metas, alta rotatividade e ambiente de trabalho tóxico

A presidência de Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira do Brics, tem sido alvo de denúncias de má gestão, assédio moral e atrasos em metas estratégicas. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, com base em documentos internos e depoimentos de funcionários e ex-colaboradores.

Desde que assumiu o comando do banco, em março de 2023, Dilma tem enfrentado uma série de críticas relacionadas à ineficiência administrativa, decisões centralizadoras e elevada rotatividade de funcionários.

A taxa de desligamentos no NBD atingiu 15,5%, número três vezes maior que a média de outros bancos multilaterais, que gira em torno de 5%. Desde a posse da petista, 14 funcionários brasileiros deixaram a instituição.

Funcionários alegam que a falta de delegação de autoridade por parte de Dilma tem gerado atrasos na execução de decisões e impacto negativo na eficiência do banco.

Segundo Prasanna Salian, diretor do Departamento de Assuntos Econômicos do Ministério das Finanças da Índia, a administração da ex-presidente do Brasil está em descompasso com as metas estabelecidas:

“A administração deve fazer esforços imediatos para melhorar a execução do banco e reduzir o atraso nos próximos anos. Há uma necessidade urgente de priorizar atividades, usar recursos limitados de forma criteriosa, ter planejamento efetivo e coordenação eficiente.”


Acusações de Assédio Moral: “Burro”, “Ignorante” e “Você Não Presta Para Nada”

Seis funcionários e ex-funcionários do NBD relataram à Folha de S.Paulo que Dilma pratica assédio moral contra subordinados. Os depoimentos apontam um ambiente de trabalho tóxico e autoritário.

Os colaboradores, que pediram anonimato, afirmam que ofensas e xingamentos fazem parte da rotina da ex-presidente. Entre as expressões frequentemente utilizadas por Dilma estariam:

  • “Burro”, “Burra”, “Ignorante”
  • “Você não presta para nada”
  • “Você nunca mais vai arrumar outro emprego”
  • “Você escreve com os pés”

Os relatos indicam que as broncas da presidente do NBD são tão intensas e frequentes que, em algumas ocasiões, podem ser ouvidas em outros andares da instituição.

Além disso, dois funcionários buscaram assistência psicológica devido à carga excessiva de trabalho imposta por Dilma. A ex-presidente também teria evitado conceder folgas e determinado jornadas extenuantes, que começam às 6h da manhã e se estendem até as 21h.


Banco Enfrenta “Paralisia” e Falta de Expansão

A má gestão da petista também se reflete no desempenho do banco. Ashwani K. Muthoo, diretor-geral do Escritório de Avaliação Independente do NBD, apontou que o volume de empréstimos do banco ficou abaixo do previsto para o período de 2017 a 2021 e desacelerou ainda mais nos anos de 2022 e 2023.

Sob a gestão do antecessor de Dilma, Marcos Troyjo, o banco conseguiu expandir sua atuação com a adesão de Egito,  e Bangladesh ao grupo. No entanto, não houve novos integrantes desde que a petista assumiu o comando.

Relatórios internos também indicam que a presença da Rússia na instituição aumentou o custo de captação de recursos e reduziu a competitividade do NBD.

Outro documento destaca que a lentidão nas decisões está comprometendo a capacidade de resposta da instituição:

“A ausência de um processo de tomada de decisão ágil e consistente compromete a eficiência geral do banco. Caso não haja mudanças substanciais, o banco continuará enfrentando sérios obstáculos.”


Assessoria de Dilma Nega Acusações

Em resposta à reportagem, a assessoria do NBD alegou que o ciclo estratégico do banco ainda está em andamento, sendo prematuro afirmar que metas não foram cumpridas.

“Quando a presidente Dilma chegou, em março de 2023, o banco enfrentava uma grave crise de liquidez. Ele havia passado 15 meses sem realizar uma emissão em dólares.”

Sobre a alta rotatividade, a assessoria afirmou que a taxa de desligamento foi de 15% em 2023, mas que caiu para 5% em 2024.

A assessoria também negou que o banco obrigue funcionários a jornadas de 6h às 21h, afirmando que o horário oficial de expediente é das 9h às 17h15.

Já sobre as acusações de assédio moral, o banco se limitou a dizer que não há registros formais de denúncia no departamento de conformidade e investigações da instituição.

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