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PT condiciona apoio a Eduardo Bolsonaro na na comissão de relações exteriores à apreensão de seu passaporte

Partido pressiona STF para impedir viagens do deputado

O Partido dos Trabalhadores (PT) declarou que só aceitará a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) para a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados caso o deputado tenha seu passaporte apreendido. A exigência foi feita pelo líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, nesta segunda-feira (10).

A medida faz parte de uma estratégia do PT para limitar a atuação de Eduardo Bolsonaro no cenário internacional. O partido entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a apreensão do passaporte do deputado, sob a acusação de que ele teria usado viagens ao exterior para instigar políticos americanos contra o STF.

O ministro do STF Alexandre de Moraes solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar uma decisão sobre o pedido do PT.

PL mantém indicação e pode usar comissão para criticar governo

Apesar da pressão petista, o Partido Liberal (PL), maior bancada da Câmara, mantém a intenção de indicar Eduardo Bolsonaro para presidir a CREDN. A legenda pretende utilizar a comissão como plataforma para criticar o governo Lula (PT) e o STF, especialmente em temas relacionados à política externa e defesa nacional.

A escolha do presidente da comissão ocorrerá por votação secreta entre seus membros. Para ser eleito na primeira rodada, o candidato precisa obter maioria absoluta dos votos. Caso contrário, uma segunda votação, com maioria simples, definirá o vencedor.

PT tentará barrar Eduardo Bolsonaro se ele mantiver passaporte

O PT já adiantou que vetará a indicação de Eduardo Bolsonaro caso ele continue com seu passaporte e tenha liberdade para viajar ao exterior. A posição será formalizada na reunião de líderes, marcada para esta quinta-feira (13), conforme informações do g1.

O embate entre o PT e o PL na escolha do comando da CREDN mostra mais um capítulo da disputa política na Câmara, com a oposição buscando ampliar sua influência e o governo tentando restringir a atuação de um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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