
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se pronunciou nesta quarta-feira (12) após ser acusado por aliados de trair o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar afirmou que continua fiel a Bolsonaro e classificou as críticas como parte de uma “campanha de ataques covardes e desonestos”.
“É gente que simula virtude e boa intenção, que finge estar movida por algum nobre propósito, mas que, na verdade, age em função de sentimentos e interesses que talvez não admitam nem para si mesmos”, escreveu Nikolas.
O deputado mineiro disse ainda que não seguirá um “manual de conduta” imposto por quem se julga fiscal da moralidade e garantiu que não se intimidará com ataques coordenados nas redes sociais.
“Não vou parar, nem me submeter ao medo do julgamento e dos ataques coordenados dos perfis falsos que fazem suas opiniões parecerem ter eco no povo ou serem relevantes no mundo real”, declarou.
Nikolas finalizou seu posicionamento reafirmando sua lealdade aos valores que defende, mesmo que isso lhe custe apoio político.
“Se tiver que perder apoiadores, poder político, que seja. Estou disposto a pagar o preço, pois quem acredita que vale a pena abrir mão de valores e princípios para se chegar a algum lugar, na verdade, nunca os teve em seu coração”, concluiu.
Faço esse post tão somente para me dirigir àquelas pessoas que, por ingenuidade e inocência, possam estar sendo afetadas e induzidas à erro pela campanha de ataques covardes e desonestos que venho sofrendo há meses.
É gente que simula virtude e boa intenção, que finge estar…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) March 12, 2025
Críticas de aliados e embate com Mário Frias
As acusações de traição surgiram após Nikolas aparecer em fotos e vídeos ao lado do influenciador Renato “38tão”, que já fez críticas severas a Bolsonaro, chegando a classificá-lo como “covarde” e integrante da “extrema esquerda”.
A repercussão negativa incluiu críticas de membros do próprio PL. O deputado Mário Frias (PL-SP) condenou a atitude de Nikolas e afirmou que a postura do colega “não condiz com alguém que se diz aliado de Bolsonaro”.
“Não acho que seja uma postura digna de alguém que se diz aliado do presidente Bolsonaro, fazer foto e vídeo, aos risos, com duas pessoas que chamam o presidente de cadela, covarde e outros xingamentos baixos e vis”, escreveu Frias.
O parlamentar paulista enfatizou que, para ele, não é aceitável confraternizar com quem ataca um aliado.
“Podem dizer que sou antiquado, mas não ando de sorriso e abraço com quem destrói a reputação de amigo meu”, concluiu.