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PT lança campanha pela ‘taxação BBB’: bilionários, bancos e apostas online

Material publicitário vai às redes em contexto de proposta do governo do PT para ampliar a isenção do Imposto de Renda e tributar fortunas

Nesta quinta-feira, 26, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou um vídeo argumentando que bilionários, bancos e casas de apostas devem ser responsáveis por maiores taxas, baseando-se na alegação de que, no momento, o grupo contribui com pouco ou quase nenhum imposto.

O conteúdo é divulgado nas redes sociais no cenário da sugestão do governo federal de expandir a isenção do Imposto de Renda e taxar fortunas.

No material audiovisual produzido pelo PT, a chamada “taxação BBB” não é uma referência ao programa de televisão, mas sim aos “bilionários, bancos e bets”. A representação de uma balança da Justiça em desequilíbrio é usada para ilustrar a situação. Em um dos lados, os trabalhadores lutam para suportar o peso dos impostos, enquanto no outro, os executivos conseguem facilmente manter o lado mais leve. Uma mão é mostrada transferindo parte do peso para tentar trazer equilíbrio à balança.

Na conclusão do vídeo, a locução enfatiza: “Taxação BBB: bilionários, bancos e bets. Novo IR é justiça histórica. Justiça de verdade”. A sigla apresenta a proposta como uma forma de compensar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil e a redução de alíquotas para a faixa entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

Propostas do PT enfrentam resistência no Congresso

Embora o governo defenda a ideia, há resistência no Congresso contra a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de taxar os mais ricos para cumprir a promessa de campanha. A expectativa é de que a proposta seja analisada pela Câmara e pelo Senado no segundo semestre deste ano.

Recentemente, o Executivo enfrentou reveses no Legislativo, com a negação de uma medida provisória que propunha um aumento na cobrança sobre o IOF. Tais medidas foram previamente acordadas em uma reunião entre a Fazenda e líderes do Congresso em 9 de junho. No entanto, a vontade de implementá-las diminuiu, e a resistência tanto de parlamentares quanto do mercado aumentou contra as propostas.

Diante da redução das medidas, Haddad explora opções para ampliar a arrecadação, tais como novas vias de receita, um possível recurso ao STF contra o Congresso, ou cortes adicionais no Orçamento.

O economista voltou a afirmar que é preciso corrigir distorções. “Nós estamos defendendo que o rico que não paga imposto passe a pagar”, disse. “Eu não considero normal um dos dez países mais desiguais do mundo aceitar que quem tem mais de R$ 1 milhão de renda anual pague uma alíquota de Imposto de Renda de 2,5% em média, quando a professora da escola pública paga 10%.”

 As informações são da Revista Oeste

 

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