O Partido dos Trabalhadores (PT) investiu R$ 189,5 mil em impulsionamento de conteúdo nas redes sociais para atacar deputados e senadores que votaram contra o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), proposto pelo governo Lula. A campanha foi veiculada em plataformas como Facebook e Instagram e, segundo dados da Meta, cada peça alcançou mais de 1 milhão de visualizações.
Conteúdo com IA e defesa de isenção do IR
O material impulsionado inclui três vídeos produzidos com uso de inteligência artificial e uma imagem do presidente Lula registrada durante visita recente à Bahia. As postagens seguem uma narrativa comum: defender que a taxação dos super-ricos é essencial para financiar políticas sociais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Reação ao Congresso e tensão entre poderes
A campanha digital ocorre em meio à crescente tensão entre Executivo e Legislativo. O Congresso Nacional aprovou, com ampla maioria, um projeto de decreto legislativo que derrubou o aumento do IOF, considerado estratégico pelo governo para elevar a arrecadação federal.
O governo Lula enxergava na medida um pilar para viabilizar promessas sociais, como o alívio tributário para a classe média.
Protestos presenciais complementam campanha
A ofensiva digital foi acompanhada por manifestações presenciais da militância de esquerda. Na quinta-feira (4), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo invadiram a sede do banco Itaú, em São Paulo, em protesto contra o que chamam de “blindagem aos mais ricos” e em defesa da taxação de grandes fortunas.
