
O jurista e professor de Direito Constitucional, Dr. Ives Gandra Martins, denunciou uma suposta “eugenia ideológica” na força-tarefa do Supremo Tribunal Federal (STF), liderada pelo ministro Alexandre de Moraes. A declaração, que tem gerado debate no meio jurídico e político, refere-se à exclusão de vozes críticas ao inquérito das fake news, o que, para Martins, representa uma tentativa de silenciar opositores e de impor uma única linha de pensamento.
Segundo o jurista, a atuação da força-tarefa, que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques às instituições democráticas, estaria concentrada em alvos que discordam das pautas e decisões da Suprema Corte. A crítica principal é que o inquérito, em vez de buscar a pluralidade de opiniões, estaria praticando uma espécie de “seleção” de ideias, priorizando apenas as que se alinham à visão do judiciário.
A acusação de “eugenia ideológica” levantada por Martins ecoa um debate mais amplo sobre os limites da liberdade de expressão e a atuação do STF. Para os críticos, a força-tarefa de Moraes estaria extrapolando suas competências, ferindo princípios constitucionais como o devido processo legal e a ampla defesa. Já os defensores da medida argumentam que a ação é necessária para proteger a democracia e o Estado de Direito, ameaçados pela proliferação de discursos de ódio e desinformação.
Da redação Midia News