
Em uma decisão que reforça a proteção do sigilo de dados financeiros, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e barrou a quebra de sigilo de relatórios produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A medida de Moraes impede que a defesa de investigados tenha acesso irrestrito às informações, protegendo a integridade do inquérito que apura a atuação de um suposto grupo paramilitar nas redes sociais.
O inquérito, um dos mais sensíveis em andamento no STF, investiga uma rede de desinformação e ataques a instituições democráticas, com suspeitas de envolvimento de indivíduos e grupos com financiamento ilícito. A PGR argumentou que a divulgação dos relatórios do Coaf poderia comprometer o andamento das investigações e a identificação de todos os envolvidos no esquema.
A decisão de Moraes, que acatou a solicitação da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, visa garantir que as informações permaneçam sob sigilo para preservar a eficácia da investigação. A medida ressalta a importância do Coaf como instrumento de combate à lavagem de dinheiro e a outros crimes financeiros, e a necessidade de que seus dados sejam manejados com cautela para não prejudicar as apurações em curso.
Ainda não há informações sobre o teor completo dos relatórios sigilosos. A expectativa é que a defesa recorra da decisão de Moraes, mas, por ora, a determinação do ministro prevalece, mantendo o sigilo dos dados e protegendo o andamento da investigação.
Da redação Midia News