O ambiente político em Brasília se agitou após declarações do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), revelarem nos bastidores uma intensa disputa por nomeações e cargos estratégicos na Caixa Econômica Federal. O que era uma articulação nos corredores, o famoso “toma lá dá cá”, veio a público, expondo a pressão exercida por partidos da base aliada para garantir influência na gestão de um dos maiores bancos públicos do país.
Segundo Guimarães, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dado a orientação para “mexer no vespeiro” da Caixa, em uma clara sinalização para a substituição de apadrinhados políticos de administrações anteriores e a acomodação de aliados do governo atual. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também teria se envolvido diretamente na articulação para a troca de comandos.
A Caixa, com seu vasto poder de alocação de crédito e programas sociais, é vista como um ativo crucial para qualquer governo. A fala do líder do governo não apenas confirma o jogo de xadrez em torno da instituição, mas também levanta preocupações sobre a governança e os critérios técnicos que devem nortear a escolha de seus dirigentes. O episódio reacende o debate sobre a politização de empresas estatais e a necessidade de blindagem contra o aparelhamento.
Da redação Midia News
