Senador dos EUA chama prisão de Bolsonaro de “ditadura judicial” e afirma apoio irrestrito ao ex-presidente
Diplomata americano Christopher Landau critica a decisão do ministro Alexandre de Moraes e responsabiliza o STF por cercear a oposição, gerando nova onda de tensão diplomática

Em uma declaração contundente, o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, classificou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro como sintoma de uma “ditadura judicial” instaurada no Brasil. Segundo ele, “os impulsos orwellianos desenfreados” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estariam conduzindo a Corte brasileira para um território autoritário.
A fala de Landau foi publicada em sua conta na rede social X e reforça a visão de que a restrição imposta a Bolsonaro — que envolve uso de tornozeleira eletrônica, controle de comunicação e visitas restritas — representa mais do que uma simples medida judicial: para ele, é uma ofensiva política contra a figura pública e um cerceamento à liberdade de expressão.
Além disso, o diplomata associou a ação de Moraes a um estilo autoritário, afirmando que o ministro estaria reinterpretando críticas a sua atuação como “obstrução de justiça”, o que, para Landau, seria uma forma de criminalizar a contestação política.
O posicionamento do vice-secretário agrava ainda mais as já tensas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente, Moraes foi alvo de sanções por parte de Washington sob a Lei Magnitsky, em razão de acusações de violação de direitos humanos.
Do ponto de vista jurídico interno, o chefe do STF tem argumentado que as medidas contra Bolsonaro são necessárias para garantir o cumprimento da lei e preservar a ordem democrática, especialmente diante de acusações graves que envolvem tentativa de golpe. Por outro lado, críticos enxergam na ação uma perseguição política disfarçada de processo legal.
Esse episódio reacende o debate sobre a independência das instituições brasileiras e a ingerência internacional em casos sensíveis de alta repercussão política.
Da redação Mídia News





