
A recente ofensa da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, direcionada a Elon Musk gerou desdobramentos no cenário político brasileiro. O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) protocolou um pedido para que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, compareça à Câmara dos Deputados e explique possíveis impactos dessa fala nas relações diplomáticas com os Estados Unidos.
O Incidente Durante o G20 Social
O episódio ocorreu durante o evento Cria G20, que abordava desinformação. Durante seu discurso, Janja foi surpreendida pelo som de uma buzina de navio e, em tom debochado, disse: “Alô, acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você, inclusive, fuck you Elon Musk.” A tradução da expressão em inglês seria “fod*-se você”, causando reações imediatas.
Elon Musk foi recentemente nomeado chefe do Departamento de Eficiência Governamental pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fato que elevou a repercussão da declaração de Janja.
Justificativas para a Convocação de Mauro Vieira
Van Hattem argumentou que a fala de Janja pode influenciar as relações internacionais, principalmente pela relevância de Musk em um cargo estratégico na futura administração Trump. “É necessário avaliar como declarações feitas por representantes do governo brasileiro, ainda que em caráter pessoal, podem ser percebidas e impactar a cooperação internacional, especialmente em temas estratégicos e econômicos”, destacou o documento submetido à Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Reação da Oposição e Críticas nas Redes Sociais
A declaração de Janja gerou uma reação rápida da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Políticos e apoiadores da direita usaram o incidente para criticar a postura do governo no evento internacional. O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou nas redes sociais, afirmando: “Já temos mais um incidente diplomático.” Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também se manifestou, declarando: “Esse é o nível do governo Lula da Silva — com consequências diplomáticas.”
A Comissão de Relações Exteriores ainda precisa deliberar sobre o pedido de convocação do ministro Mauro Vieira.