
Na última terça-feira, 11, parlamentares da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva se manifestaram contra alegações de irregularidades no programa Cozinha Solidária, gerido pelo Poder Executivo. Os deputados subiram à tribuna da Câmara com marmitas de alumínio e gritaram em coro “quentinhas vazias”, fazendo referência ao caso.
A manifestação foi liderada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que expressou críticas ao presidente Lula e rotulou como hipocrisia o seu discurso a respeito da alimentação. “Sempre mentiu sobre comida no Brasil, sempre”, declarou Bilynskyj.
“O povo reclama do preço dos alimentos, da inflação, do impacto da alta do dólar, do café a preço de ouro… Lula prometeu picanha, e não sobrou nada, não tem dinheiro nem para comprar abóbora”, disse Paulo Bilynskyj (PL-SP) no plenário da Câmara dos Deputados.
Jornal constata fraude nas “quentinhas”
O “quentinhas”, um programa concebido para prover refeições com subsídios para a população, está lidando com acusações de fraude. Uma reportagem do jornal O Globo revela que as organizações encarregadas da produção e distribuição das refeições não realizaram adequadamente suas tarefas. Além disso, os locais visitados, identificados como pontos de serviço, não estavam lidando com alimentos.
Em resposta às acusações, o Ministério do Desenvolvimento Social mobilizou a Rede Federal de Fiscalização de Programas Vinculados ao Cadastro Único. Este grupo opera em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Polícia Federal e outras entidades de supervisão.
Protesto na Câmara
Durante o protesto na Câmara, Bilynskyj afirmou que “R$ 5 milhões não foram para lugar nenhum”. “A quentinha que deveria estar alimentando os pobres de São Paulo simplesmente não foi entregue”, criticou o deputado. “Prestem atenção da próxima vez que esses caras [governistas] falarem que estão ajudando os pobres, que estão alimentando a população, por que é tudo mentira.”
Ele também levantou dúvidas sobre o envolvimento de organizações não governamentais (ONGs) associadas a conselheiros parlamentares da esquerda. “ONG que contrata outra ONG e, no final, sabe o que forneceram? Nada”, denunciou.
As informações são da Revista Oeste