
O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, relatou ter contraído sarna enquanto esteve preso em Israel, após a interceptação do barco Madleen, parte da Freedom Flotilla, uma coalizão que se apresenta como missão humanitária.
Segundo ele, a doença foi causada pelas condições insalubres da cela onde ficou detido, referida como uma “masmorra israelense”.
Publicação nas redes e greve de fome
Em post no Instagram, Ávila classificou sua detenção como resultado de um “sequestro” promovido pelas autoridades israelenses. Como forma de protesto, ele afirmou ter iniciado uma greve de fome ainda durante o período em que esteve detido.
O barco Madleen transportava 11 ativistas e tentava furar o bloqueio imposto à Faixa de Gaza. A iniciativa recebeu apoio de figuras internacionais, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg, de 22 anos.
Críticas de Israel e contestação da missão
O governo de Israel classificou a embarcação como um “iate de selfies”, contestando sua legitimidade como operação humanitária. Segundo as autoridades israelenses, o barco não levava suprimentos suficientes para caracterizá-lo como uma missão efetiva de ajuda.
Perfil do ativista
Thiago Ávila nasceu no Distrito Federal e se define como comunicador e ativista socioambiental. Em 2022, tentou uma vaga como deputado federal pelo PSOL, integrando o mandato coletivo “Bem Viver”, mas não foi eleito.
Ele atua como coordenador da Freedom Flotilla Coalition no Brasil e já participou de missões internacionais na Cisjordânia, Cuba e Colômbia. Sua renda provém de doacões, palestras e trabalhos como freelancer, conforme descrito na plataforma Apoia-se.