China apresenta drone do tamanho de mosquito para missões secretas
Microdispositivo imita inseto real e é projetado para missões secretas e vigilância militar
A China apresentou um novo drone militar minúsculo, com visual e funcionamento semelhantes ao de um mosquito. Desenvolvido por estudantes da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT), o equipamento foi exibido em rede nacional pelo canal estatal CCTV.
O drone chamou atenção por seu tamanho compacto, design biônico e finalidade militar sigilosa. O projeto foi desenvolvido para operar em ambientes sensíveis e complexos, ideal para reconhecimento, espionagem e operações militares discretas.
Tecnologia biomimética e estrutura leve
O microdispositivo possui duas asas em formato de folha, que batem como as de um mosquito real, e três pernas finas, utilizadas para pouso e apoio em superfícies.
Durante a exibição na CCTV, o estudante Liang Hexiang demonstrou o equipamento:
“Aqui na minha mão está um robô parecido com um mosquito. Robôs biônicos em miniatura como este são especialmente adequados para reconhecimento de informações e missões especiais no campo de batalha“, afirmou.
Compacto e avançado: o diferencial tecnológico
O principal atrativo do drone é seu tamanho reduzido, que permite ocultação fácil e dificulta a detecção por inimigos. Mesmo em escala tão pequena, o drone incorpora sistemas de energia, sensores e controle eletrônico, integrados com alta eficiência.
Desenvolver dispositivos dessa natureza impõe desafios técnicos significativos. Componentes como baterias, sistemas de comunicação e sensores precisam ser miniaturizados ao extremo sem comprometer a funcionalidade.
Corrida internacional por microdrones
A China não é a única investindo nessa tecnologia. Estados Unidos e Noruega também estão na corrida dos microdrones militares. Um exemplo é o “Black Hornet”, fabricado na Noruega e utilizado por forças armadas de vários países. A versão mais recente, o Black Hornet 4, venceu o prêmio Blue UAS Refresh 2025 do Departamento de Defesa dos EUA.
Entre seus destaques estão maior duração de bateria, resistência climática e alcance de comunicação ampliado.
Nos Estados Unidos, a Força Aérea confirmou em 2021 o desenvolvimento de drones semelhantes, embora não haja confirmação de uso ativo. Outro projeto relevante é o “RoboBee”, da Universidade de Harvard, capaz de voar, pousar e transitar da água para o ar, graças ao seu sistema de asas articuladas.
Usos civis para drones em miniatura
As aplicações não se limitam ao setor militar. Projetos exploram usos médicos, como cirurgia de precisão, aplicação de medicamentos e exames por imagem. Também há pesquisas para monitoramento ambiental, rastreamento de poluição, vigilância agrícola e respostas a desastres naturais.
Com o avanço da microrrobótica, drones em miniatura ganham cada vez mais relevância. O exemplo chinês reforça essa tendência global, evidenciando a corrida tecnológica por ferramentas de reconhecimento invisíveis e eficazes.
