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Moraes vota por condenação de manifestante do 8 de janeiro que sentou na “cadeira do Xandão”

Ministro do STF defende pena de 17 anos e multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (27) pela condenação de Fábio Alexandre de Oliveira, morador de Penápolis (SP), por envolvimento nos atos considerados golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O voto foi proferido no julgamento virtual da Primeira Turma do STF.

Cinco crimes e vídeo nas redes sociais

De acordo com Moraes, Fábio Alexandre foi identificado em vídeo, amplamente divulgado nas redes sociais e exibido no programa Fantástico, da TV Globo, sentado em uma das poltronas do STF — que ele próprio denominou como a “cadeira do Xandão”. Na gravação, ele aparece usando luvas e máscara contra gás, proferindo frases ofensivas como:

“Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda nessa p…, c…!”

Moraes sustenta que o réu deve ser condenado pelos seguintes cinco crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado
  • Deterioração do patrimônio tombado
  • Associação criminosa armada

Pena de 17 anos e multa bilionária solidária

O relator propôs pena de 17 anos de prisão em regime fechado e a condenação solidária ao pagamento de R$ 30 milhões em danos morais coletivos, valor a ser dividido entre os demais envolvidos condenados nos mesmos atos.

“Fica fixado o regime fechado para o início do cumprimento da pena”, escreveu Moraes.

Julgamento segue até agosto

O caso está sendo apreciado em plenário virtual, com término previsto para 5 de agosto. Ainda faltam votar os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

Condenação por furto de bola do Congresso

A mesma Turma já formou maioria para condenar Nelson Ribeiro Fonseca Júnior, morador de Sorocaba (SP), também a 17 anos de prisão, por participação nos atos do 8 de janeiro. Durante a invasão à Câmara dos Deputados, ele furtou uma bola de futebol autografada por Neymar Jr., presente dado ao então presidente da Casa, Marco Maia, em 2012.

Apesar de ter devolvido o item à Polícia Militar 20 dias após o furto, Moraes considerou o crime como mais um agravante à sua participação na tentativa de golpe.

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