O deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) fez um pedido à Polícia Legislativa Federal e ao presidente da Câmara dos Deputados por uma escolta armada na quarta-feira, 11, após ser alvo de ameaças.
Gadêlha se tornou objeto de críticas após se posicionar contra o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro, durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A sessão contou com a presença de políticos de direita e parentes dos detidos no incidente.
Túlio Gadelha fala em ‘tentativa de golpe de Estado’
Segundo a Folha de S.Paulo, o parlamentar expressou tristeza pela situação dos indivíduos envolvidos nos ataques às instituições dos Três Poderes. Gadêlha declarou: “Eu fico com o coração partido quando olho essas senhoras, quando vejo aqui placas [dizendo] ‘liberdade ao meu esposo Jorginho’”, afirmou Gadêlha.
No entanto, Gadêlha caracterizou os atos de vandalismo como uma “tentativa de golpe de Estado”. Durante seu discurso, foi interrompido pelos gritos de Edjane Duarte, a viúva de Cleriston Pereira da Cunha, um réu do dia 8 de janeiro que faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda.
Túlio afirma que não alteraria sua fala na CCJ e que as ameaças destacam a necessidade de uma consciência política mais elevada.
“A extrema direita tem utilizado essas mulheres e essas famílias politicamente para jogá-las contra outros parlamentares, como se nós fôssemos responsáveis pela prisão desses que atentaram contra a democracia”, continuou.
Segundo ele, essas pessoas são “completamente desinformadas, alheias ao que está acontecendo na política, ao que as leis determinam, e acreditam que tudo é perseguição política”.
Ameaças anônimas ao parlamentar
Mensagens foram enviadas para o WhatsApp funcional e o e-mail do gabinete do deputado de Pernambuco.
Algumas diziam: “Contrata segurança que o pau vai torar”; “gastaria meu réu primário com muito orgulho e te mandava para o colo do capeta”; e “tua hora vai chegar”.
Essas ameaças foram documentadas em um boletim de ocorrência no Departamento de Polícia Legislativa Federal.
“A gente não dispõe de nenhuma proteção, e as pessoas estão muito à flor da pele quando se discutem política e polarização”, afirmou o deputado à Folha.
Ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado requereu: “Veemente investigação, apuração e incriminação de todos aqueles que estiverem desferindo quaisquer ameaças contra mim e meus familiares”.
Proposta de Deputado Busca Proibir Funcionamento de Clubes de Tiro Durante Madrugada
No mês de julho de 2023, um projeto foi apresentado por Túlio Gadelha com o objetivo de limitar o horário de operação dos clubes de tiro. O parlamentar tinha a intenção de proibir a atividade desses locais entre meia-noite e 6 horas da manhã, como uma estratégia para “combater a escalada de violência” no país.
Gadelha também tem a intenção de proibir que aqueles que praticam tiro esportivo levem armas de fogo em locais públicos durante o período de restrição, a não ser que tenham uma autorização de porte para defesa pessoal emitida pela Polícia Federal.
As informações são da Revista Oeste