O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou o ano de 2025 enfrentando uma queda histórica em sua popularidade, de acordo com pesquisa nacional. De acordo com José Roberto de Toledo, colunista de Uol, a sondagem mostrou que, em comparação com dezembro de 2024, Lula perdeu cinco pontos percentuais em sua avaliação positiva. O impacto não foi apenas nos números gerais, mas também nos segmentos onde o apoio a ele sempre foi mais forte.
Em um cenário político delicado, a pesquisa revelou que a perda de popularidade de Lula não foi compensada por eleitores indecisos, como seria esperado. Ao contrário, esses cinco pontos caíram diretamente na conta dos que agora consideram o governo ruim ou péssimo. Isso resultou em um saldo negativo de dez pontos, algo inédito desde o começo de sua trajetória política. O presidente, que tinha gozado de enorme popularidade no passado, agora enfrenta um cenário onde há mais desaprovação do que aprovação.
Além da queda geral, o pior para Lula foi a perda de apoio entre seus aliados históricos: os mais pobres, os menos escolarizados e os moradores do Nordeste, segmentos que foram cruciais para sua vitória nas urnas em 2022. Esses grupos, que sempre sustentaram o presidente, agora parecem mais distantes, o que é um alerta grave para o governo. “Perder apoio entre os seus eleitores mais tradicionais e convictos é especialmente grave”, destacaram especialistas.
Uma possível explicação para essa queda de popularidade é o efeito de fake news sobre a taxação do Pix. A desinformação espalhada por redes sociais, como o vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) denunciando uma tentativa de taxar as transações via Pix, gerou pânico entre a população. “Foram provavelmente esses ‘informais’, que respondem por 39% da força de trabalho ocupada do Brasil, que, assustados com o rugido falso do Leão, mudaram de opinião sobre o governo”, analisaram os pesquisadores da FGV. O governo, que já estava em uma situação difícil, acabou recuando após a repercussão negativa, mas os danos à imagem de Lula já estavam feitos.
Com informações de Uol.
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