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Lula “amarelou”? Brasil desiste de retaliação contra os EUA e foca em negociação, diz Haddad

Governo brasileiro descarta retaliação e busca negociação com os americanos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que a ordem do presidente Lula é evitar retaliações e focar na negociação em resposta à tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio brasileiros. A decisão marca uma mudança de tom do presidente, que no mesmo dia havia desafiado Donald Trump a falar “manso” com ele. No entanto, na prática, Lula optou por adotar uma postura mais cautelosa.

Brasil aposta na negociação

“O presidente Lula falou ‘muita calma nessa hora’. Já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, declarou Haddad.

Após um encontro com representantes da indústria siderúrgica brasileira, o ministro destacou que os empresários apresentaram argumentos sólidos sobre como a medida americana pode ser prejudicial até mesmo para os próprios Estados Unidos.

Haddad não deu detalhes sobre as propostas do setor, mas garantiu que o relatório elaborado pelas siderúrgicas será a base para as tratativas conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento. O governo pretende convencer os americanos de que há um erro de avaliação na decisão de tarifar o aço e o alumínio brasileiros.

Impacto no comércio bilateral

Os Estados Unidos são um dos principais compradores do aço brasileiro. Em 2022, quase metade das exportações do setor teve como destino o mercado norte-americano.

“Os Estados Unidos só têm a perder, porque nosso comércio [bilateral] é muito equilibrado”, afirmou Haddad.

Agora, o governo prepara uma nota técnica detalhando os argumentos da indústria brasileira, que será enviada ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. A ideia é utilizar essas informações para embasar as negociações com os EUA.

As novas tarifas de 25% entraram em vigor nesta quarta-feira (12), após a confirmação oficial feita pelo governo de Donald Trump no dia anterior.

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